quarta-feira, 18 de maio de 2016

Determinação simultânea de DON, Desoxinivalenol-3-glicosídeo (D3G) e Nivalenol em grãos de trigo por CLAE-DAD


Resumo

Desoxinivalenol-3-glicosídeo (D3G) é uma micotoxina modificada, formada pelo metabolismo de algumas plantas através da conjugação do desoxinivalenol (DON) com a glicose. Os efeitos tóxicos do D3G na saúde humana e animal ainda estão sendo estudados e o desenvolvimento de metodologias práticas e confiáveis para sua determinação em alimentos, especialmente em cereais, é de grande importância. No presente estudo, uma metodologia para determinação simultânea de D3G, DON e também nivalenol (NIV) em grãos de trigo, utilizando purificação do extrato por coluna de imunoafinidade (IA), separação em coluna C18 e detecção por absorção ultravioleta (UV) foi otimizada e validada intralaboratorialmente. Os resultados demonstraram adequados valores de recuperação de D3G da coluna IA e de amostras adicionadas do padrão. Os valores de repetibilidade, linearidade, limites de detecção e quantificação (LQ) também foram adequados para a determinação das três micotoxinas. A faixa de aplicação do método variou de 47,1 até 1000 µg/Kg para D3G e de 31,3 até 1000 µg/Kg para o DON e NIV, com recuperações variando de 90,8% até 115,5%. Através da metodologia validada, alta incidência de D3G (41,2%, todas amostras < LQ) foi verifica em amostras comerciais de grãos de trigo e farinha de trigo integral (=17). Em 100% das amostras positivas para D3G também foi detectado DON, indicando ocorrência simultânea dessas micotoxinas. Os níveis de DON variaram de 29,1 até 325,8 µg/Kg e NIV foi detectada apenas em 29,5% das amostras, com níveis variando de <LQ até 140,6 µg/Kg). Esse trabalho apresenta o primeiro método otimizado para determinação simultânea de NIV, D3G e DON através de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com Detector de Arranjo de Diodos (CLAE-DAD) publicado até o momento.

Palavras-chave: Cereais. Micotoxina modificada. Tricotecenos. D3G. DON. Validação de metodologia.

domingo, 13 de março de 2016

Aflatoxins intake from peanut candy marketed in Rio de Janeiro city, Brazil



Abstract

Paçoca is a very popular product of indigenous origin that is widely consumed by children, especially during the annual folkloric celebrations in June and July in Brazil. One of the main risks of this peanut candy is contamination by aflatoxins. Aflatoxins are natural contaminants produced mainly by the aflatoxigenic strains of Aspergillus flavus and Aspergillus parasiticus, and have important toxic effects for humans, such as, acute aflatoxicosis and risk of cancer  development. This work aimed to determine the levels of aflatoxins in 36 different brands of paçoca samples marketed in Rio de Janeiro, Brazil, during the period of folkloric celebrations in 2012, and to estimate the aflatoxins intake by children and adolescents using a Food Frequency. Questionnaire applied to 157 individuals. The aflatoxins were quantified by High Performance Liquid Chromatography with Fluorescence Detection in 72 paçoca samples (100%). Twentyseven samples (37.4%) were positive for aflatoxins and ten (13.8%) showed aflatoxins levels higher than the limit established by Brazilian legislation for peanut products (20 µg/kg). The overall average corresponded to 4.9 µg/kg and the highest value found was 39.6 µg/kg. The Probable Daily Intake (PDI) of aflatoxins through the consumption of paçoca corresponded to 1.37 ng/kg body weight (b.w.). Children aged from 8 to 11 were the most exposed to these mycotoxins, which may pose a significant risk to their health. This is the first report to be made showing levels of aflatoxinas in a peanut product marketed in Rio de Janeiro, Brazil.

Full paper available at: http://www.ifrj.upm.edu.my/23%20(02)%202016/(38).pdf
International Food Research Journal 23(2): 733-738 (2016)