QUANTIFICAÇÃO DE ÁCIDO SÓRBICO EM AMOSTRAS DE
QUEIJO PARMESÃO RALADO
Felipe M. TROMBETE1;
Marcelo E. FRAGA2 & Tatiana SALDANHA3
1.
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos,
e-mail: trombete@ufrrj.br; 2. Departamento de Microbiologia e Imunologia
Veterinária, Instituto de Veterinária, UFRRJ, e-mail: fraga@ufrrj.br; 3.
Departamento de Tecnologia de Alimentos, Instituto de Tecnologia, UFRRJ, e-mail:
tatysal@gmail.com
Palavras-chave: Fungos,
conservante, sorbatos,
RESUMO
Para
a inibição de fungos em queijo ralado, além dos aditivos já presentes na
matéria prima, é admitido o uso dos conservantes natamicina e ácido sórbico. Os
sorbatos de sódio e potássio são comumente utilizados, sendo permitido no
produto concentrações de até 1000 mg.Kg-1. Nesta pesquisa o objetivo
foi quantificar o teor de ácido sórbico presentes em amostras de queijo
parmesão ralado comercializadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Foram
coletadas entre janeiro e março de 2011 um total de 120 unidades de 10
diferentes marcas de queijo parmesão ralado comercializados nos municípios de
Niterói, Rio de Janeiro e Seropédica. O critério adotado para a coleta das mesmas
constitui-se em retirar 3 unidades de cada um de 3 lotes expostos do produto (3
unidades x 3 lotes x 10 marcas). Desta forma, utilizaram-se um pool das 3 unidades de cada lote, perfazendo-se
no total 30 amostras de laboratório. Todas as marcas apresentaram selo de
Inspeção Federal (SIF) e se enquadravam dentro do prazo de validade
estabelecido pelos fabricantes. As análises foram realizadas em triplicatas e
de acordo com metodologia oficial do Ministério da Agricultura. O ácido sórbico
foi extraído por destilação em arraste de vapor e convertido à aldeído
malônico, o qual formou com o ácido tiobarbitúrico um composto de coloração
vermelha, sendo quantificado por absorvância a 532nm (BioSpectro SP-220) utilizando cubetas de vidro de 2mm de caminho
óptico. O Limite de Detecção (LD) do método foi estimado (em mg.Kg-1)
graficamente a partir da inclinação e interseção da curva analítica e os resultados
obtidos foram submetidos a estatística descritiva. Os teores do conservante
ácido sórbico encontrados, variaram do não detectado a 1.285 mg.Kg-1.
Teores de até 1000 mg.Kg-1 foram observados em 66,6% das amostras, e
dez amostras (33,3%) apresentaram-se acima do limite máximo tolerado de 1.000
mg.Kg-1. Neste estudo, a concentração do conservante variou de não
detectado a 0,19%. O valor máximo presente em uma porção (considerando 10g)
correspondeu a 12,8mg. Quanto ao valor encontrado para o Limite de Detecção do
método, este correspondeu a 94 mg.Kg-1. A metodologia oficial
demonstrou ser de fácil execução e aplicabilidade, possuindo baixo custo e não
necessitando da aquisição de materiais certificados. Das amostras analisadas,
apenas vinte (66,3%) estavam em acordo com a legislação que regulamenta a
qualidade do queijo ralado comercializado no país.
Agência Financiadora: Este trabalho foi financiado
pela CAPES através de bolsa de pesquisa pelo programa REUNI.
Como referenciar este trabalho:
TROMBETE, F. M. ; FRAGA, M. E. ; SALDANHA, T. Quantificação de ácido sórbico em amostras de queijo Parmesão ralado. In: Anais do VI Fórum da Pós Graduação da UFRRJ. Seropédica, 2011.
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